16 de outubro de 2011
Fonte: Correio Mariliense
Engenheiros candidatos a disputar cargos de três órgãos da categoria estão se mobilizando para sensibilizar e orientar os profissionais sobre as eleições que serão realizadas em 8 de novembro, em todo país. A votação para os cargos no Confea (Conselho Federal dos Engenheiros e Arquitetos); no Crea (Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos) e no Mútua de São Paulo, órgão assistencial da categoria vai ser realizada entre 9h e 19h do dia 8 de novembro.
Para disputar a vaga de presidente do Confea concorre o mariliense Álvaro Cabrini. Dentre as propostas defendidas pelo candidato, está a valorização das profissões tecnológicas e da engenharia nacional, inserção dos profissionais na efetivação de políticas públicas, fortalecimento e valorização das entidades de classe e outros.
O candidato ao Crea-SP é o engenheiro Amaury Hernandes, que defende transparência total nas práticas do Crea-SP, convocando todas as entidade do setor para as discussões e decisões do Crea-SP. Disponibilizando acesso imediato a informações financeiras e trabalhos da entidade, colocando um "fim na caixa preta" do órgão.
Já para o MútuaSP concorre o engenheiro João Oliva, que tem a proposta de descentralizar o órgão junto aos 12 departamentos regionais do Crea-SP. Além disso, investir para ampliar a divulgação e acesso ao plano de saúde aos profissionais e seus respectivos dependentes, a preços diferenciados e outros benefícios.
Irregularidades
Em visita a Rede Marília de Comunicação, os candidatos reforçaram a importância da transparência no processo eleitoral. Eles criticaram a atual estrutura, que distribui as urnas de forma irregular e "conforme a conveniência de quem quer se perpetuar no poder".
Eles apontaram que 315 mil profissionais, em todo o Brasil estão aptos a votar. Entretanto, foram distribuídas apenas 312 urnas para receber as cédulas "à moda antiga". "Nós tentamos fazer um processo eleitoral mais moderno, eletrônico, pela internet, mas fomos votos vencidos. Diante disso, a votação vai ser no papel. Uma única cédula vai trazer os espaços para votação nos três cargos previstos: Confea, Crea-SP e Mútua", explicaram.
Os candidatos apontaram falhas também na distribuição e quantidade de urnas. Inicialmente estava previsto que seriam 900 urnas. Depois esse número caiu para 600 e agora são 312. A distribuição delas também é irregular e desigual. "Em São Paulo, por exemplo, existem 890 mil profissionais para votar e apenas 21 urnas. Em Cedral, na região de Rio Preto, são 21 profissionais e uma urna. Isso mostra o quanto está desigual a distribuição das urnas", disseram.
Em Marília, a votação vai acontecer na sede da Inspetoria do Crea, localizada na Rua Mecenas Pinto Bueno, 1207. A votação será das 9h às 19h. Para votar, basta que o profissional regularmente inscrito e em dia com suas anuidades apresente o documento funcional. Na hora vai ser verificado se ele está regular e ele terá direito a voto. O mandado dos eleitos é de três anos (2012 - 2014), com possibilidade de uma reeleição.
Profissão
Sobre a profissão, João Oliva e Amaury Hernandes destacaram que a área vem oferecendo muito espaço aos profissionais. "O mercado de trabalho está bastante acessível com o registro de um crescimento significativo nos últimos anos", afirmaram.
Eles destacaram que a construção civil é o setor que vem agregando cada vez mais profissionais, inclusive com a incorporação de trabalhadores formados em outros países. "Nós recebemos cerca de 30 mil novos profissionais por ano. A demanda ainda não está sendo atendida. Nos últimos anos tivemos a incorporação de pelo menos 12 mil engenheiros formados em outros países. Nós discordamos da forma como eles são incorporados", destacaram.
Na opinião deles, é preciso que os "estrangeiros" apresentem pelo menos uma grade curricular semelhante a brasileira. "Se isso não for suficiente, que façam um curso para se adequarem as nossas realidades. É preciso haver uma proteção maior aos profissionais brasileiros", destacaram.
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