segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Se você ficar quieto o CREA-SP não muda!

- Por que você é candidato ao CREA-SP?

A insatisfação dos profissionais com o CREA-SP é imensa. Não tem ninguém satisfeito, menos, é claro, aqueles que se beneficiam do atual modelo nocivo de gestão. Ao profissional só cabe a responsabilidade de pagar obrigatoriamente um sistema que nada lhe traz de retorno. Foi transformado num cartório cuja direção não dá satisfação alguma do que faz, é prejudicial àqueles que o mantém e precisa ser mudado. E qualquer mudança no CREA-SP tem que começar pela valorização e qualificação dos profissionais que ele abrange e o mantém.

- É possível mudar o CREA-SP?

Vai ser uma tarefa árdua, porém necessária. É preciso voltá-lo para as suas atividades básicas de fiscalização, protegendo a sociedade e valorizando os bons profissionais. Além disso, é preciso inseri-lo como protagonista nos debates onde sejam discutidas questões e projetos de interesse da sociedade, tirando-o da sua omissão. Para tanto, é preciso manter canais de diálogo franco e aberto com amplos setores da sociedade, dos governos, do empresariado, entidades de classe e associativas, entre outras. É nosso papel defender o espaço da tecnologia e dos profissionais brasileiros. Mais ainda, é preciso tornar transparente a sua gestão administrativa e financeira, afinal, trata-se de uma autarquia federal e não uma empresa privada onde o dono faz o que bem entende.

- Por que as eleições ao CREA-SP não são pela internet?

Essa é uma pergunta que deixa qualquer profissional da área tecnológica constrangido, cabendo aqui ressaltar que o CREA-SP foi o que mais se empenhou contra a instituição do voto pela Internet. O sistema deveria ser o pioneiro a implantar essa metodologia. Só me ocorre afirmar que isto não se dá porque contraria interesses daqueles que estão à frente da instituição. Com o voto pela Internet, com certeza, teríamos mais que aqueles 6% de profissionais aptos a votar em nosso Estado comparecendo às urnas. Nos últimos 20 anos esse foi o contingente de votantes nas eleições. E em São Paulo, hoje, são 315 mil profissionais que poderiam votar! Não votam pela dificuldade de se locomoverem até as urnas ou simplesmente por não terem uma mesa receptora ao seu alcance. Fica claro que para se manter no comando do CREA o que essa gente menos quer é profissional votando. E, por incrível que pareça, corremos o risco de as próximas eleições serem feitas com o uso de urnas de lona.

- Como levar os profissionais às urnas?

Qualquer mudança só acontecerá com a participação dos profissionais. Se forem votar, certamente os profissionais paulistas vão dizer um basta a tudo o que representa o CREA-SP hoje. Como candidato da oposição, tenho recebido muitas manifestações de apoio e de desejo de mudança. Nesse sentido, temos incentivado e recomendado a todos que façam um esforço para ir às urnas no dia 8 de novembro. Mais que isto, precisamos envolver nossos amigos e colegas de trabalho nesse processo, mostrando a eles o nosso compromisso com as mudanças necessárias e a importância do voto para que isso ocorra.

- Você vai abrir a caixa-preta do CREA-SP?

É claro, por princípio, pela ética e pelo respeito aos meus colegas profissionais vamos tornar tudo transparente e acessível em nossa administração. Não queremos mais ver o nosso conselho profissional em meio a notícias como a publicada pela Folha de São Paulo no último dia 02 de setembro. Fatos como esse nos enchem de vergonha e só nos desvalorizam enquanto profissionais e como cidadãos. Vamos colocar o CREA-SP num lugar de respeito e torná-lo um importante instrumento de defesa dos profissionais e da tecnologia nacional. É isso que todos esperam de uma oposição séria e não vamos decepcionar aqueles que se juntarem a nós nesta empreitada. Esse é o nosso compromisso!

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